O caminhoneiro acusado de bater em um uma motocicleta e arrastar o veículo por mais de 30 quilômetros no município de Penha, no Litoral de Santa Catarina, será submetido a júri popular, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina nesta terça-feira, dia 8.
O acidente na BR-101 provocou a morte da caroneira Sandra Aparecida Pereira, de 47 anos, que foi arremessada da motocicleta. O marido dela, Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, ficou ferido. O caso ocorreu em março do ano passado.

Segundo o Ministério Público, o homem conduzia o caminhão com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de substâncias psicoativas — ele teria passado aquele dia e a noite anterior consumindo cocaína e “rebite”, um derivado de anfetamina.
Após provocar a colisão e ver a caroneira voar sobre o caminhão, sendo jogada no asfalto, o motorista seguiu o trajeto, arrastando por mais de 20 quilômetros o veículo das vítimas, que ficou preso na parte frontal do caminhão.
A denúncia frisa que vários motoristas passaram a buzinar e gritar, pedindo que o motorista parasse o caminhão, mas ele continuou arrastando a motocicleta e a vítima pela rodovia, obrigando o motociclista a escalar o capô do veículo e se pendurar no retrovisor da porta ao lado do motorista.
Sandra chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O motociclista, que pulou do caminhão em movimento, se recuperou Sandra.
O réu responderá por homicídio doloso (dolo eventual) da passageira da motocicleta e tentativa de homicídio qualificada — por meio cruel e para assegurar a impunidade de outro crime — contra o motociclista, além de deixar de prestar socorro à vítima e conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada. A decisão é passível de recurso.
Comente este post