A Polícia Civil indiciou 43 estudantes por falsidade ideológica a partir de suspeitas de fraudes na documentação para ingresso em dois programas do Governo de Santa Catarina que ofertam bolsas na educação superior, entre eles o Universidade Gratuita. A investigação iniciou após o relatório do Tribunal de Contas (TCE-SC) sinalizar, em junho, possíveis inconsistências em 18 mil matrículas.
A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pelo colunista Ânderson Silva, da NSC.O indiciamento é parte da investigação, dividida em três inquéritos. Dos 43 indiciados, pelo menos 40 foram ouvidos. Os demais foram intimados, mas não compareceram para interrogatório.
Neste primeiro, os suspeitos teriam cometido o crime sobre um dos requisitos para a bolsa, que diz respeito à comprovação de que o estudante seja natural ou more no estado há mais de 5 anos.
A partir do relatório, a Polícia Civil identificou 335 candidaturas com possível irregularidade, sendo 218 alunos que declararam naturalidade catarinense e 117 que informaram residir em Santa Catarina há mais de cinco anos.
“Com base em provas técnicas, levantamentos, depoimentos e interrogatórios, a Polícia Civil elaborou um relatório preliminar, que reduziu o número de casos suspeitos para 119. Após a conclusão do inquérito, 43 candidatos foram indiciados por não cumprirem os requisitos de naturalidade catarinense ou de residência mínima de cinco anos no Estado”, informou a corporação.
A investigação foi encaminhada ao Ministério Público (MPSC) e assinada pelo delegado Ícaro Freitas Malveira. Com base no relatório do TCE, a polícia fez um filtro e ouviu os estudantes que teriam inserido informações falsas para conseguirem as bolsas.