A estiagem atinge em cheio regiões de Santa Catarina e é mais forte no Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste. Em dezembro o déficit hídrico foi de até 80%. A média atual de precipitações nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros – sendo que o esperado seria uma média em torno de 150 mm. Ou seja, há um déficit de água de 130 milímetros no Extremo Oeste.
Com isso os impactos diretos aparecem nas lavouras. O Estado projeta uma quebra de 50% no milho primeira safra e na silagem. A produção catarinense de milho que estava prevista em 3 milhões de toneladas, em razão da seca ficará reduzida para 2,3 milhões de toneladas. Em consequência, será necessário importar 5,5 milhões de toneladas de milho em 2022 para atender, principalmente, as cadeias produtivas da suinocultura e da avicultura.
A situação foi discutida entre a Secretaria da Agricultura e a Cooperativa Aurora, uma das principais do estado. Além das perdas no milho, fundamental para a alimentação animal, também há preocupação em assegurar o suprimento de água nos estabelecimentos rurais de criação intensiva de animais.
O secretário Altair Silva destacou que o governo desenvolve um programa de reservação de água que já despendeu R$ 100 milhões para financiar sistemas de captação, armazenamento distribuição de água para propriedades rurais unitárias ou organizadas em condomínios. O programa terá continuidade em 2022 com o aporte de R$ 150 milhões. No próximo dia 12 (quarta-feira) a ministra Tereza Cristina, da Agricultura, deverá estar em Chapecó para verificar de perto a situação provocada pela seca que atinge todo o Sul do Brasil.
O presidente Neivor Canton e o vice-presidente de agronegócios Marcos Antonio Zordan, da Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), informaram que os técnicos do Sistema Aurora de Produção, que envolve a Cooperativa Central e suas 11 cooperativas filiadas, ajudarão na orientação dos produtores rurais afetados pela estiagem que poderão acessar os recursos do programa de reservação de água.
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