Um incêndio na boate KISS, na noite de 27 de janeiro de 2013, matou 242 pessoas, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Entre as causas das mortes está a espuma que revestia o local que liberou cianeto, que é tóxico, e a presença de guarda-corpos em frente à porta, dificultando a saída da boate.
Entre os réus estão dois sócios da boate e dois integrantes da banda que tocava na noite da tragédia; um deles passou mal ao chegar ao tribunal
Eles respondem por 242 homicídios simples, com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e por 636 tentativas de homicídio.
Júri foi definido nesta quarta e será composto por 6 homens e 1 mulher.
O julgamento do incêndio da boate Kiss recomeça às 9h desta quinta-feira (2) com mais seis depoimentos previstos para ocorrerem no Foro Central de Porto Alegre. Emanuel Almeida Pastl e Jéssica Montardo Rosado devem ser ouvidos pela manhã e Lucas Cauduro Peranzoni, Érico Paulus Garcia e Gustavo Cauduro Cadore à tarde.
O juiz Orlando Faccini Neto incluiu, ainda, uma testemunha do Ministério Público. Miguel Ângelo Teixeira Pedroso deve ser o primeiro a depor no período da tarde. Ele é um engenheiro que teria desaconselhado o uso da espuma isolante na casa noturna.
“Eles falaram que iam tentar me desentubar de novo e que, se caso eu não resistisse, iam me deixar morrer”, afirma emocionada sobrevivente Kátia Giane Pacheco Siqueira.
Jovem diz que ficou 21 dias no hospital. “Me colocaram numa maca, eu apaguei ali e acordei aqui em Porto Alegre, no hospital”, conta.
“Quando senti que era fogo mesmo, tentei respirar fundo. Os guris que trabalhavam no bar já tinham pulado o balcão e tinham saído. Estava eu e outra menina, que morreu também, ela tinha 17 ou 18 anos na época. Na hora que a gente viu o que estava acontecendo, ela perguntou o que a gente faz. Eu tentei sair”, diz Kátia, ex-funcionária da boate.
Assim que novos dados forem publicados, iremos atualizar nossa reportagem.
Fonte: G1
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