O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador, deflagrou na manhã desta terça-feira (12) a Operação “Cátedra” para combater fraudes em concursos públicos. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na região do Contestado catarinense.
As ordens judiciais, expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Caçador, foram executadas nos municípios de Macieira, Videira, Treze Tílias e Arroio Trinta. O objetivo é apurar irregularidades em um concurso público promovido pela Prefeitura de Macieira.
As investigações apontam possíveis fraudes em várias etapas do certame, desde a escolha da banca examinadora e a atuação da comissão organizadora, até o processo seletivo e a homologação dos aprovados. Há indícios de favorecimento a candidatos com vínculos diretos com a gestão municipal, o que pode ter comprometido a lisura e a transparência da seleção.
Durante as buscas, foram apreendidas duas armas de fogo, um silenciador e munições em desacordo com a legislação, resultando na prisão em flagrante de duas pessoas.
A operação contou com apoio técnico da Polícia Científica de Santa Catarina para garantir a preservação da cadeia de custódia das evidências coletadas.
O inquérito segue em sigilo, e novas informações poderão ser divulgadas à medida que houver autorização judicial.
Origem do nome
O termo cátedra vem do latim cathedra, que significa “cadeira” ou “assento”. No contexto de concursos públicos, refere-se ao posto de professor ou examinador responsável pela elaboração das provas. No caso investigado, a expressão remete à suspeita de reserva prévia e ilegal de cargos por meio da obtenção privilegiada e criminosa das provas e/ou gabaritos antes da aplicação do certame.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC




















