“Cê tá onde?” teria perguntado Claudia Tavares em uma mensagem enviada para o celular de Valdemir Hoeckler, depois que havia assassinado o então companheiro, de 52 anos, e colocado o corpo dele dentro de um freezer na casa onde os dois residiam, na linha São Braz, interior de Lacerdópolis, Oeste catarinense.
O áudio foi exposto durante a fase de debates, que iniciou com a acusação, por parte do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com o promotor de Justiça Diego Bertoldi, que inclusive colocou o freezer utilizado dentro do plenário.
“Premeditado, de forma fria, sabia o que queria”, disse Bertoldi, ao explicar sobre como Claudia executou o crime.
O fato de o corpo ter sido congelado, segundo o promotor, prejudicou a realização da perícia. “Ela dormia olhando pro freezer”, ressaltou Diego.
O promotor também trouxe a informação de que uma amiga de Gabriela, era estagiária na delegacia de Polícia Civil e teria forjado um boletim de ocorrência contra Valdemir. Em 2019, Claudia registrou um boletim de ocorrência por ameaça, mas disse na época, que ele nunca havia batido nela. “A verdade é uma só”, destacou o MPSC, que também acusou os advogados de Claudia de instruírem as amigas para prestar depoimentos para tornar a ré uma “sobrevivente”.
Conforme o promotor, Claudia teria inclusive entregue o celular dela para a investigação sem o chip, numa tentativa de esconder as conversas e imagens que possuía no aparelho. Capturas de tela da perícia também foram mostrados no telão.
Ao finalizar a fala, Diego Bertoldi falou que Valdemir havia manifestado interesse em comprar a parte das terras dos irmãos após a morte do pai dele, pouco antes do crime. Um montante do dinheiro da vítima estaria guardado na casa para a aquisição, segundo o promotor. No entanto, Valdemir acabou sendo assassinado por Claudia sem efetuar a compra dos terrenos e mesmo assim, de acordo com a acusação, o dinheiro sumiu.
Por volta das 13 horas desta sexta-feira, dia 29, o júri foi retomado com a apresentação do crime por parte do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), que colocou o freezer utilizado pela ré no crime.
O julgamento foi retomado por volta das 8h30, após a ré passar mal na noite desta quinta-feira, dia 28, na Câmara de Vereadores de Capinzal, município vizinho a Lacerdópolis, no Oeste, onde ocorreu o crime. No início da manhã, Claudia também detalhou como assassinou a vítima.
Fonte: Oeste Mais