Proprietários de terrenos do Loteamento Coxilha Verde, em Ouro, se reuniram com autoridades municipais na noite desta segunda-feira (4) para questionar a possível instalação de casas populares no bairro, como parte do programa habitacional estadual Casa Catarina. O encontro, que ocorreu após protestos e solicitações dos proprietários dos terrenos, terminou com um acordo para a continuidade do projeto.
O Casa Catarina, programa do Governo de Santa Catarina em parceria com o município, prevê a construção de 12 moradias populares na cidade. Dessas, quatro já têm destinação definida para o bairro Kleinubing. Outras quatro ainda dependem da definição de um novo terreno. Caso esse espaço não seja viabilizado a tempo, entre quatro e oito casas poderão ser instaladas no Coxilha Verde.
O principal motivo da insatisfação dos moradores é o fato de que o Coxilha Verde está cadastrado como loteamento de baixa renda, informação que, segundo os proprietários, não foi devidamente comunicada no momento da compra dos terrenos. A notícia de que o bairro poderá receber unidades do programa habitacional gerou revolta e levou à convocação da reunião com a Prefeitura.
Participaram do encontro o prefeito Claudir Duarte, o vice-prefeito Rene Modena, seis vereadores da base governista, a secretária de Administração e Fazenda, Dayana Colombo, além de moradores do loteamento.
Durante a reunião, a administração municipal esclareceu que não há tempo hábil para alterar o projeto neste momento. O prefeito afirmou que, mesmo com a continuidade da proposta, irá buscar um novo terreno para abrigar as quatro unidades ainda indefinidas, a fim de evitar ou reduzir a alocação de casas no Coxilha Verde.
Segundo o prefeito, as famílias que serão beneficiadas pelo programa são trabalhadoras, moradoras antigas do município e passarão por um processo rigoroso de seleção. Ele reforçou que a iniciativa visa atender pessoas com renda baixa que, mesmo residindo há anos na cidade, ainda enfrentam dificuldades para sair do aluguel.
As casas do Casa Catarina serão custeadas pelo governo estadual, enquanto o terreno será repassado aos beneficiários mediante pagamento de parcelas ao Fundo Municipal de Habitação. A proposta é que, ao invés de pagarem aluguel, os contemplados contribuam com um valor mensal para o fundo, que poderá ser utilizado em futuros projetos sociais e reformas de residências.
Apesar da resistência inicial, a reunião terminou com um acordo entre os proprietários de terrenos e a prefeitura. O projeto seguirá conforme o cronograma, mas com o compromisso do Executivo de continuar buscando outras alternativas de terrenos para que, se possível, não seja usado os terrenos disponíveis no Coxilha Verde.