No início da tarde deste domingo (29), o engenheiro-chefe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) da região de Passo Fundo, Adalberto Jurack, esclareceu a situação atual da BR-153, nas proximidades do posto fiscal em Marcelino Ramos, onde há uma interdição parcial da pista.
Apesar da preocupação gerada pela condição do trecho, o DNIT afirma que, no momento, não há risco de deslizamento ou de interdição total da rodovia, como ocorreu em 2014. Equipes técnicas e topógrafos seguem mobilizados e monitoram constantemente o local para garantir a segurança dos usuários.
O engenheiro anunciou que máquinas estão sendo deslocadas para viabilizar um desvio com cerca de 500 metros de extensão. A estrutura será construída numa área onde já haviam sido iniciadas obras por uma empreiteira vencedora da licitação, que acabou abandonando os trabalhos para priorizar outros trechos. Segundo o DNIT, faltam ainda a limpeza do talude, a aplicação de duas camadas de base e a pavimentação para concluir o desvio.
Enquanto isso, os motoristas continuam enfrentando uma operação precária de “siga e pare” em um trecho danificado, com buracos e rachaduras, cenário que compromete a segurança de quem transita por uma das principais ligações entre o Sul e o Sudeste do país.
Onze anos se passaram desde o último colapso da pista, e a situação continua sendo um retrato do abandono. Em 2014, máquinas chegaram a iniciar as obras, mas sumiram antes da conclusão. Em 2025, a paisagem é praticamente idêntica: promessas não cumpridas, serviços inacabados e uma rodovia tratada com improvisos.
A BR-153, estratégica para o escoamento de produtos e o deslocamento de pessoas, segue à margem das prioridades, mesmo com sua importância logística nacional. A negligência permanece, enquanto a população e os usuários da estrada continuam pagando o preço da inércia.