A greve dos professores no Estado de Santa Catarina adentra seu terceiro dia, provocando debates e impactos na comunidade educacional. A coordenadora da Regional de Educação de Joaçaba, Beatriz Colusso Zagonel, compartilhou detalhes sobre as medidas adotadas para mitigar os efeitos na aprendizagem dos alunos durante esse período.
Em entrevista ao Jornal da Nativa, Beatriz ressaltou a importância do compromisso com a educação, enfatizando que a Secretaria de Estado da Educação está monitorando de perto a situação em todas as escolas. Ela informou que aproximadamente 13% dos professores da Regional de Joaçaba aderiram à greve, com destaque para municípios como Vargem Bonita, Capinzal e Ouro.
No entanto, a coordenadora expressou confiança de que não haverá um aumento significativo no número de adesões à greve, mencionando que muitos professores já retornaram às atividades. Ela também esclareceu que as faltas dos professores em greve serão devidamente registradas, seguindo as políticas de ausência estabelecidas.
Beatriz assegurou aos pais que a escola continuará oferecendo atendimento pedagógico aos alunos, mesmo com a ausência de alguns professores. Um calendário foi proposto e enviado aos pais, garantindo que a carga horária mínima seja cumprida.
Por outro lado, o coordenador estadual do SINTE-SC, professor Evandro Acadroli, criticou o governo por suas informações “enganosas” durante uma coletiva de imprensa. Ele anunciou um movimento em Florianópolis para o dia 30 de abril, destacando a necessidade de valorização dos trabalhadores em educação e rejeitando as propostas apresentadas pelo governo.
Enquanto isso, nas escolas locais, os impactos da greve variam. No Colégio Mater Dolorum, em Capinzal, as aulas continuam com um horário adaptado, dependendo da presença dos professores. Na Escola São Cristóvão, seis profissionais aderiram à paralisação, enquanto no Belisário Pena, dois estão em greve.
Na Escola Silvio Santos, em Ouro, cinco professores estão em greve, mas os alunos estão sendo orientados e recebendo atividades. Na Escola Frei Crespim, no Distrito de Santa Lúcia, nenhum professor aderiu à paralisação nesta quinta-feira. Já na Escola Major Cipriano Rodrigues de Almeida, em Zortéa, os profissionais optaram por não aderir à greve.
A greve dos professores em Santa Catarina continua a ser um tema de destaque, envolvendo debates sobre a valorização da educação e dos profissionais envolvidos no processo de ensino. O diálogo entre o governo e os sindicatos continua para a busca de soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas.